quarta-feira, 28 de abril de 2010

Iapois: Curta-metragem sobre Sertão alagoano

Por Manaíra Aires

O curta-metragem I-A-POIS, patrocinado pelo Programa BNB de Cultura 2007, será lançado no Cine Sesi Cultural, próximo dia 27, às 20 horas, como um dos oito curtas-metragens que participarão do projeto Sesi Brasil, uma parceria do Cine Sesi com o cineclube Antes Arte do que Tarde.

O curta I-A-POIS leva o espectador a conhecer um pouco da riqueza cultural do Povoado do Pedrão, a 6 quilômetros de Olho d’Água das Flores, Sertão alagoano. O modo de vida das pessoas dessa comunidade quilombola é retratado por meio do universo dos “contadores de causos”, como Dorinha, Ismael, Salú e Benedito, e de trechos de brincadeiras do “casamento oculto” e dos mutirões para a “limpa da terra”, para a “bata do feijão” e para a “farinhada”.

O curta não mostra o sertanejo com a imagem estereotipada daquele miserável que foge da seca. O I-A-POIS faz o espectador enxergar além da terra seca e do sol escaldante a beleza de um povo, sua alegria e força em meio à dura rotina de trabalho. “Nossa preocupação era justamente não cair na mesmice do sertanejo sofredor e também não tapar nossos olhos para a realidade de subsistência. Foi aí, então, que decidimos abordar o universo cultural, que mostrava como, apesar de tão poucas condições materiais, o ser humano é capaz de encontrar subsídios para sua criatividade, para sua imaginação”, diz a diretora de fotografia Manaíra Aires.

O I-A-POIS é resultado de um projeto de reavivação da linguagem do audiovisual no Estado de Alagoas. O foco do projeto, idealizado pelo publicitário Paulo Marcondes, foi a formação de dois grupos voltados para a produção, gravação e edição do curta. O primeiro grupo foi constituído por jovens do município de Pão-de-Açúcar e de regiões vizinhas; já o segundo, reuniu jornalistas e relações públicas recém-formados, e ainda estudantes de Comunicação Social.

“O interesse maior não foi o documentário, este se tornou fruto final de nosso trabalho ao longo de um ano. O objetivo era instruir novas pessoas que estivessem entrando no mercado de trabalho, orientá-las a partir de oficinas de roteiro, de fotografia e de edição, para que pudessem ter mais do que um curta, para que pudessem ter a formação necessária para que comecemos a mudar o cenário de produção de audiovisuais em nosso Estado”, afirmou o diretor Paulo Marcondes.

Com oficinas de Glauber Xavier (edição) e de Lula Castello Branco (fotografia),

I-A-POIS é um projeto que não só incentiva novas iniciativas na área de audiovisuais, bem como revela que é possível utilizar essa linguagem para mostrar novos recortes e maneiras de enxergar a realidade, muitas vezes longe dos arquétipos vinculados pela grande mídia.

Para saber mais sobre o projeto I-A-POIS: acesse www.iapois.al.org.br

O poder do improviso

Por Paula Félix

Um hábito típico dos cantadores de coco e embolada é dar aos mestres nomes de pássaros. Mário Francisco de Assis ainda era um menino quando fugiu com uma dupla de emboladores, que, um dia, apareceu em sua casa. Ele e esses dois amigos saiam de cidade em cidade, praticamente como ciganos, até dormiram em um cemitério abandonado, porém as dificuldades não os impediam de fazer suas canções cheias de rimas e improvisos. Nessas caminhadas, entre um coco de roda e outro, sempre tinha alguém que se encantava com aquela “coisa miudinha” cantando, o que acabou lhe rendendo o apelido de Mestre Verdelinho, em referência a um pequeno pássaro de mesmo nome.

Ele ganhou notoriedade quando integrou o Guerreiro do Mestre Pedro Teixeira, sendo até Mestre de Guerreiro em uma apresentação em Brasília. Foi assim que sua história começou a mudar, conseguiu um emprego no Teatro Deodoro, mas não abandonou aquilo que gosta e saber fazer. Embora não saiba escrever, Mestre Verdelinho é autor de canções que surpreendem pela riqueza de conteúdo, cujas temáticas têm complexidade filosófica, mas com a forma simples e direta, típica à cultura popular.

Esse importante expoente da cultura popular alagoana será o homenageado do Regional IV “A Festa do Coco”, que, segundo o organizador do evento, Tony Soares, visa a valorizar a cultura popular alagoana e fazer com que a nova geração conheça e se interesse por artistas que abastecem esse mercado. Em sua quarta edição, o evento contará com a participação das bandas Poeira Nordestina, Xique Baratinho, Gato Zarolho, Cumbuca e, é óbvio, do Mestre. Ainda haverá sorteio de brindes, exposições artesanais e a casa estará decorada com motivos regionais.

O Mestre dividirá o palco com seus filhos, Josenildo e Genilson, e Jurandir Bozo, vocalista da banda Poeira Nordestina, no repertório estão Dona Mariquinha, Balança o Galho da Limeira, A Masseira, de Tereza Félix, todas canções do CD de Verdelinho, UNIRversando, pagodes, em sua maioria. Mas antes que confusões sejam feitas, é preciso explicar: “pagode é um estilo de coco, bem alagoano, que tem o refrão, os entremeios e, no fim, o tropel”, explica Bozo. Tropel nada mais é que um forte ruído provocado por repetidas batidas dos pés no chão.

Jurandir Bozo diz que as músicas do Mestre possuem profundidade poética e cita como exemplo O Grande Poder, que versa sobre questões ligadas à interação entre o universo e as criaturas, gravada por Telma César, no CD do grupo Comadre Florzinha e pelo cantor e compositor Wado. Bozo ajudou na produção do CD de Verdelinho, que foi lançado no ano passado. Contendo 13 faixas, o álbum foi gravado em quase dois dias, com pouca verba e praticamente sem apoios institucionais, um reflexo visível da problemática que atinge a cultura alagoana, largamente discutida pelos artistas e que provoca um certo tipo de ostracismo, no qual as produções ficam mais nas residências do que nos palcos.

Muitos são os artistas que beberam da arte do Mestre Verdelinho, como relembra Bozo: “Busquei a cultura popular, através do Mestre, porque pensei quando o vi: isso sou eu. Aquilo remetia à minha infância, ao que via nas feiras em frente à minha casa, e é o que busco trazer para minha voz. Se hoje estou desenvolvendo esse trabalho é por causa da voz rouca e forte do Mestre Verdelinho”.

Elo entre o tradicional e o atual

Embora se trate de uma expressão da cultura tradicional, o show pretende atingir a um público diversificado, inclusive no que diz respeito à faixa etária: “A primeira edição, com as bandas Mr. Freeze, Gato Zarolho e Cumbuca, atingiu um público universitário, mas hoje desejo atingir a todas as idades”, afirma Tony, que está a três anos no ramo de produção de eventos dessa natureza, e, desde o ano passado, está a frente do Regional.

Ele aproveita a sua formação em Marketing para divulgar o evento para o maior número de pessoas possível e, para tanto, utilizou mídias alternativas que têm bastante alcance, caso do site de relacionamentos Orkut. Visitou os perfis, colocando quase que diariamente a programação do show. O argumento dele é pragmático: “A melhor forma de vender um produto é fazer com que ele chegue até seu consumidor direto e indireto, com um planejamento de marketing e de mídia, é o que busco fazer com esse show”.

A intenção, na verdade, é atrair os jovens para as manifestações que fazem parte da cultura popular, como o guerreiro e o coco de roda, que, com as novas tendências musicais, provenientes da cultura de massa, perderam seu espaço. Mas não de forma mecânica, pela obrigação de valorizar apenas por ser alagoano, pois não basta estudá-la e teorizá-la. É preciso senti-la, como diz Bozo: “Não é incomum ouvir os Mestres falarem de ‘fazer uma brincadeira’, em alguns lugares do Nordeste, os participantes recebem o nome de brincantes. Temos que levar as pessoas para dançar o coco, cantar o guerreiro. Por isso, o ensino da cultura popular nas escolas deve ser feito de forma lúdica, como uma atividade recreativa”.

A questão é bem mais complexa. Esse afastamento da juventude traz um problema que, em longo prazo, pode culminar com a extinção de alguns valores culturais. “Alagoas está anos-luz a frente dos outros Estados, no que diz respeito a produção cultural. Tem uma cena fértil, uma das mais atuantes do Brasil, mas os artistas estão envelhecendo. Não precisa fazer resgate cultural, pois os Mestres estão vivos, assim como nossa cultura, o que falta é compromisso da sociedade civil e do poder público”, critica Bozo.

O Regional IV “A festa do coco” busca um formato que situe a cultura tradicional no contexto globalizado, com infra-estrutura e atrações que realizam um trabalho que mantém os moldes tradicionais, mas inserem uma roupagem mais atual, sem cair no clichê. Essa fusão entre tradicional e atual está em grande evidência, tanto que muitos Mestres já têm seu material divulgado na Internet, chegando a possuir comunidades no Orkut, caso de Mestre Verdelinho e Nelson da Rabeca.

Janela

Uma forte relação de amor e dedicação move esses representantes da nova safra da cultura popular alagoana a lutar pelo reconhecimento dos precursores desse movimento artístico. Tony Soares pretende criar um mercado voltado para a cultura alagoana mais atuante, com shows freqüentes, entretanto, isso ainda depende muito do público, por isso, o empenho na divulgação.

Pelo que parece, a tão esperada eclosão da cultura alagoana é iminente, embora falte organização e interação entre os artistas, o passo inicial há muito foi dado. Canções, poemas, coreografias, peças, esculturas e quadros pululam em abundância, em resumo, a cena pode até não ser atuante, mas a criatividade funciona freneticamente.

Para quem ainda não conhece a cultura caeté, além do convite para o Regional IV “A festa do coco”, fica uma reflexão de Jurandir Bozo, sobre o que é cultura popular: “Cultura popular não é se voltar para si, é se voltar para o outro. É se debruçar sobre uma janela, nem que seja a do cantinho do seu olho e ver além da pálpebra, ver o vendedor de açúcar, alguém na rua, o cara que vende bala no ônibus. Fazer essa cultura de forma contemporânea é praticar o sonho, embora esteja longe do ideal... Nossa cultura ainda está viva! Mas tem algo que sempre questiono: O que vem depois dos Mestres?”.

http://petreafelix.blogspot.com/2007/08/o-poder-do-improviso.html



Quilombagem: pelo fim do silêncio ou pelo início do grito?

Por Edson Bezerra e Kelly Baeta

Assim se define a ruptura que surge nas melodias e cânticos do Projeto Quilombagem. Os músicos Jurandir Bozo (Poeira Nordestina), Luís de Assis (Vibrações), se juntaram ao professor de capoeira angola Gilson Vilela, para fazer valer na arte mais um espaço para a propagação da cultura afro-alagoana e suas histórias.

O Quilombagem comunga das idéias já propagadas pelo Manifesto Sururu (de Edson Bezerra), em busca de uma identidade alagoana, das margens para o centro; não vem apenas para somar, vem principalmente para dividir a hipocrisia da verdade e contar junto com os mestres, uma parte de Alagoas que ainda vive em meio às sobras e no esquecimento. Pela cultura do sururu (“Sururu: comida dos pobres: nossa miséria é a nossa riqueza.”). Pelo manifesto dos bairros distantes (Wado) pelo fluíde-festo (de Beto Brito e Tainan Costa), assim pelo avesso das histórias que nos contam e nos fazem calar. Pelos Orixás e Caboclos da mata, pelas benzedeiras e catadores de coco. Nos Guerreiros, Baianas e Capoeiras, numa Alagoas primitiva, mas antenada, rústica, mas universal, vendo o chão no asfalto quente da Fernandes Lima ao Benedito Bentes e todos os bairros que sagram nas margens da cidade.

Ressurgem as manifestações, dessa vez, em forma de música, para que não esqueçamos a rebeldia e o protesto a favor da preservação das verdadeiras raízes culturais do nosso Estado (Alagoas). O projeto Quilombagem quer isso, uma emancipação verdadeira, a manutenção das influências dos ritmos das religiões afro descendentes, do Candomblé e da Umbanda.

Na bagagem do Quilombagem, as reminiscências presentes no sangue, na pele ou na voz negra dos músicos alagoanos. Cantarolando “samba nego, branco num vem cá”, queremos relembrar a rebeldia dos quilombos dos escravos brasileiros. A palavra de ordem é transformação social através da arte, uma declaração que surge misturando-se ao coco, ao guerreiro, aos cantadores e contadores de estórias, rezadores e feiticeiros dos sertões.

Da Mundaú ao São Francisco, Quilombagem propaga a cultura afro alagoana, o canto negro, índio e mulato. É a nova forma de acordar a sociedade dormente e omissa. Comunga das idéias dos novos intelectuais que pensam e repensam Alagoas.

Um canto de negros urbanos

Mais do que um show, Quilombagem é uma releitura das culturas negras alagoanas. No Quilombagem, o saber emergente de uma alagoanidade das margens, o canto negro e as raízes banto saído das entranhas de Luís de Assis (do Vribrações), Jurandir Bozo (do Poeira Nordestina) e Gilson Vilela (professor de capoeira angola).
Na divisão do trabalho, um canto de pertencimento a coisa de uma negritude urbana aonde se misturam afoxé, reggae, coco, camdomblé, capoeira e outras toadas.
Com este encontro, o que vai ser posto em pauta é a continuidade de uma cena urbana rasurada de uma negritude saindo das margens e invadindo a cena cultural urbana de Maceió.
Na coisa da mestiçagem, a presença dos poetas Beto Brito e Tainan Costa, o babalorixá Célio Rodrigues e ogans da casa de Iemanjá, a ialorixá Mãe Vera, Wado, Edson Bezerra e Mestre Verdelinho.
Na formação da banda, Jurandir Bozo (vocal e percussão), Luiz de Assis (vocal, percussão e violão) e Gilson Vilela (vocal, berimbau e percussão), além da participação dos músicos Willbert Fialho (violão de 6 e de 12 cordas), Léo Bulhões, Fábio de Ogum e Luciano Rasta (percussão), Jam Bass (baixo) e Zé rocha (acordeom e violoncelo).
O show Quilombagem traz uma mostra da cultura popular e negra alagoana, apresentada de uma forma atual, mas sem esquecer as origens que a fundamentaram, um passeio pelos toques do candomblé, pontos de caboclos, cantadores de coco, poetas e brincantes da nossa cultura.


Show do Quilombagem, projeto Misa Acústico em 1 de dezembro de 2007 (mp3)

Bloco Jaraguá é o Bicho desfila nas Prévias Carnavalescas

Kelly Baêta

O Bloco Carnavalesco Jaraguá é o Bicho desfila, nesta sexta-feira, dia 05, nas prévias do carnaval de Maceió – no Jaraguá Folia 2010. As 19h30 será a concentração, por trás do Mercado Público do Jaraguá, no Largo dos Pombos, em frente ao Ateliê Tendão de Achiles. Já o desfile, está previsto para as 21h, percorrendo as ruas do bairro histórico.

Em seu quarto ano, o Bloco Jaraguá é o Bicho irá homenagear os 20 anos do Grupo Teatral Infinito Enquanto Truque (IET) e o seu diretor efetivo Lael Correia. Com cerca de 60 trabalhos, entre peças, performances, recitais de poesias e etc, Lael dedicou-se ao teatro alagoano de corpo e alma, enaltecendo nomes como Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Arriete Vilela, entre outros.

Segundo Achiles Escobar, o Jaraguá é o Bicho homenageia, não somente a companhia, mas o trabalho desse diretor singular, chamando atenção principalmente para a valorização dos artistas que insistem na produção da arte e cultura alagoanas e no resgate das raízes do carnaval de Alagoas.

A idéia do Jaraguá é o Bicho nasceu da percepção dos jovens desse bairro, de que ali não existia nenhuma manifestação popular de rua. Conversando com o artista plástico, idealizador de toda essa história, podemos perceber que o bloco é, na verdade, uma força que se manifesta durante todo o ano, através das oficinas criativas desenvolvidas com crianças e jovens em seu ateliê.

http://www.coisasdemaceio.com.br/modules/news/article.php?storyid=16010

Jornalistas cojiranas no FSM

As jornalistas Kelly Baeta e Emanuelle Oliveira, integrantes da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de Alagoas (Cojira-AL), participaram do Fórum Social Mundial que aconteceu em Belém (PA) no período de 27 de janeiro a 1º de fevereiro. Prestigiaram as palestras, oficinas e os debates, além de produzirem fotos e matérias especiais sobre a temática afro.

Top News 03.09.08

Top News, por Pelezinho

Hoje, sob a curadoria da jornalista Kelly Baêta, será aberta, às 19h30, a exposição Coletivo de Artistas, que acontece durante o V Seminário sobre o Ensino das Artes, no Espaço Cultural da Ufal, em frente à Praça Sinimbu. Entre os expositores as artistas visuais Gabriella Cosme, Kelly Baêta, Mirella Oliveira, Viviani Duarte, Thalita Chargel e David Farias. Para arrematar, a apresentação dos cantores líricos Natália Motta e Diogo Oliveira, além dos músicos Guttemberg Casimiro, Felipe Juvino e Yzaias Chico; Jadson Andrade, com um recital de poesias; e uma intervenção cênica sobre a ditadura militar com o ator e dramaturgo David Farias.

http://www.alagoasagora.com.br/opiniao/Index.asp?secao=Opini%E3o&vColunista=44&vCod=766

Exposição Fotográfica Olhar Dela da Jornalista Kelly Baêta

Dia 30, é o último dia da exposição fotográfica Olhar Dela, da Jornalista Kelly Baêta

Jornal Alagoas em Tempo Real

Aberta no último dia 13, dentro das comemorações dos 99 anos do Teatro Deodoro, a exposição “Olhar Dela”, da Jornalista Kelly Baeta, permanecerá no Café da Linda, localizado no próprio teatro, até o dia 30 de novembro.

Com fotos de crianças na Lagoa Mundaú, Kelly mostra um olhar próprio, como apresenta o texto do artista visual Fredy Correia: Sem se ater aos aspectos sociológicos explícitos no seu trabalho, Kelly Baeta nos arrasta em busca de um olhar profundo, um verdadeiro mergulho no nosso "universo" íntimo, onde as incertezas, os medos, idéias e a angústias se fundem! É um mergulho no inconsciente de cada indivíduo, tendo como porta de entrada o "olhar e o gestual”. Sua proposta nítida é subverter "a realidade" cruzando a fronteira estética e impactante dos temas abordados na mostra, deslocando a fotografia de sua função precípua, buscando reformular a realidade.
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Após o impacto real e sociológico encontramos na fotografia de Kelly Baeta, não apenas o olhar documentarista sobre os aspectos social e antropológico, mas também um convite a uma intensa viagem através do "olhar do outro". O olhar, dizem é a janela da alma e a artista aqui nos instiga a adentrar e investigar o que mais interessa "uma reflexão riquíssima" o olhar como forma de "percepção do outro", compreensão do mundo exterior e das perspectivas de nossa existência. Kelly Baeta é uma artista da novíssima safra de jovens, que demonstram em forma de arte contemporânea, o descontentamento com o "óbvio e real" ultrapassando fronteiras, descartando já conhecidos e surrados caminhos”.

Serviço:

Exposição fotográfica “Olhar Dela”, da jornalista Kelly Baeta
Local: Café da Linda, no Teatro Deodoro
Até 30 de novembro de 2009
Horário: das 10 às 18h
Informações: (82) 3315-5665
www.teatrodeodoro.al.gov.br

http://kantophotomatico.blogspot.com/2009/11/exposicao-fotografica-olhar-dela-da.html

Poesia para todos

Kelly Baêta - Alagoas em Tempo Real

Para muitos, definir o que é poesia, não é tarefa fácil. Escrever uma, menos ainda. Mas recitá-la é um prazer. Refletindo desta maneira, é possível entender porque o projeto Papel no Varal completa um ano de sucesso espalhando poesia por todos os cantos de Maceió, numa intervenção urbana, amanhã, dia 25.

De acordo com o professor universitário e curador do projeto Ricardo Cabús, o grande diferencial desse momento, está na divulgação dos autores alagoanos. Ainda dá tempo de participar da iniciativa, basta contatar a equipe do projeto no email: papelnovaral@gmail.com. Até agora, 20 kg de sisal já foram pendurados com poesias nos espaços urbanos da cidade.

“Atores, declamadores e convidados especiais estarão espalhados em diferentes pontos, entre escolas, livrarias, repartições e etc para recitar poesias e interagir com o público”, informou Ricardo.

Para o futuro, o curador adianta que pretende criar outros formatos de projetos culturais, mas ainda não tem nada definido, apenas uma proposta de um talkshow intitulado do “Dito ao Lúdico”, com poesias e música.

Sarau Festivo

A próxima etapa da jornada poética será realizada no Orákulo Chopperia, no bairro de Jaraguá, dia 16 de maio, às 17hs. Serão pendurados 100 poemas, no já tradicional varal de sisal - marca registrada do projeto.

Haverá a participação de músicos, atores e declamadores interagindo com o público, intercalando músicas e performances. O evento contempla também, a exposição fotográfica ‘Memória Suspensa’, de Alice Jardim.

Formação de leitores

O professor Universitário, Ricardo Cabús ressalta que a importância do projeto Papel no Varal está na criação de um público leitor. “Através dos momentos de descontração e interação dos encontros entre as pessoas de variadas gerações, nas noites do Papel no Varal, temos levado a linguagem poética para o seu dia a dia”, diz.

O projeto teve início em março do ano passado, a partir do lançamento do Programa Minuto de Poesia, no ar na rádio Educativa, FM, 107.7MHz. “A metodologia utilizada é simples, cem poemas são pendurados no varal de sisal e são lidos por quaisquer dos participantes.

Desde 29 de abril de 2009 (data do primeiro sarau) já foram realizados 13 eventos em diversos bares, livrarias e espaços culturais de Maceió, informa Ricardo.

http://www.alemtemporeal.com.br/?pag=cultura&cod=2925

Exposição fotográfica 'Olhar dela' no Deodoro


Para comemorar os 99 anos do Teatro Deodoro, completados no dia 15 de novembro, a Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (DITEAL) promove nesta sexta, 13, a partir das 20:30h, uma grande noite de festa, com diversas manifestações artísticas, dentre elas está a abertura da exposição “Olhar Dela”, da Jornalista Kelly Baeta, no Café da Linda, localizado no próprio teatro.

A exposição fica no Café até o dia 30 de novembro, como apresenta o texto do artista visual Fredy Correia: Sem se ater aos aspectos sociológicos explícitos no seu trabalho, Kelly Baeta nos arrasta em busca de um olhar profundo, um verdadeiro mergulho no nosso "universo" íntimo, onde as incertezas, os medos, idéias e a angústias se fundem! É um mergulho no inconsciente de cada indivíduo, tendo como porta de entrada o "olhar e o gestual”. Sua proposta nítida é subverter "a realidade" cruzando a fronteira estética e impactante dos temas abordados na mostra, deslocando a fotografia de sua função precípua, buscando reformular a realidade. Após o impacto real e sociológico encontramos na fotografia de Kelly Baeta, não apenas o olhar documentarista sobre os aspectos social e antropológico, mas também um convite a uma intensa viagem através do "olhar do outro". O olhar, dizem é a janela da alma e a artista aqui nos instiga a adentrar e investigar o que mais interessa "uma reflexão riquíssima" o olhar como forma de "percepção do outro", compreensão do mundo exterior e das perspectivas de nossa existência. Kelly Baeta é uma artista da novíssima safra de jovens que demonstram em forma de arte contemporânea, o descontentamento com o "óbvio e real" ultrapassando fronteiras, descartando já conhecidos e surrados caminhos.

A noite que começará com o recital realizado pelo pianista Expedito Rossiter, também terá a participação do projeto “Papel no Varal”, convidado pela DITEAL, e que leva poesia através de saraus realizados desde março deste ano, que conta com poemas pré-selecionados e impressos numa folha A4, dispostos num varal de sisal, com pegadores rústicos de madeira. A partir do ambiente simples, curioso e rico em poesias alagoanas, brasileiras e internacionais, o sarau é formado, de modo que qualquer pessoa pode ler/interpretar quaisquer poemas do varal, desde que não seja o seu e nem sejam em seqüência.

“Não temos dúvidas que temos o que comemorar. O Deodoro está com o palco inativo, mas nós da DITEAL, com o apoio do Governador Teotônio Vilela Filho tem nos dado, não paramos, com projetos como o Quarta no Arena e Instrumental no Arena, sucessos de público com espetáculos alagoanos. É claro que gostaríamos de comemorar esse aniversário com o Teatro Deodoro em plena atividade, mas a reforma está acontecendo, para que daqui um ano, comemoremos o Centenário neste que é o palco mais charmoso e importante de Alagoas”, falou Juarez Gomes de Barros, Diretor-Presidente da DITEAL.

Com projetos voltados à produção local, como o Quarta no Arena e Instrumental no Arena, a DITEAL já contabiliza a presença de mais de cinco mil pessoas, apenas no Teatro de Arena Sérgio Cardoso, anexo ao Deodoro. Além disso, mais de 600 pessoas já visitaram as cinco primeiras exposições de artes visuais que estão acontecendo no Café da Linda, localizado também no prédio do Teatro Deodoro, como explica o Diretor-artístico da DITEAL, Alexandre Holanda: “Estamos trabalhando com as mais diversas manifestações artísticas e por isso convidamos o projeto Papel no Varal, para comemorarmos os 99 anos do Teatro Deodoro, pois é um projeto, que também lida com várias artes e vem formando platéia por onde passa”.

O evento será na sexta, dia 13, a partir das 20:30h, aberto ao público, e acontecerá no pátio externo do Teatro Deodoro. Informações: (82) 3315-5665.

Fonte: Ascom Diteal

http://www2.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vEditoria=Cultura&vCod=75424

Mostra fotográfica do 14º Ciso destaca cultura popular, vida urbana e antropologia

Tiago Cisneiros - Especial para o XIV Ciso

Além de fóruns, grupos de trabalho e minicursos, o 14º Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste (Ciso) promove uma exposição de ensaios fotográficos no primeiro andar do Centro de Graduação de Ensino (Cegoe) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). As imagens, registradas em Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Rondônia e Rio de Janeiro, inspiram-se em perspectivas sociológicas e antropológicas para retratar o cotidiano e a cultura popular.

As festividades do São João em Sergipe são o assunto de dois ensaios da mostra. “Dos bastidores ao espetáculo: performances culturais das quadrilhas juninas de Aracaju”, de Priscila Santos Silva (Universidade Federal de Sergipe – UFS), apresenta as quadrilhas como um “espaço para a criação de uma grande rede de comunicação e sociabilidade”. Já o trabalho “Gente que brilha: performances culturais das quadrilhas juninas de Sergipe”, de Eufrázia Cristina Santos, Priscila Santos Silva e Vanessa Barreto Garcez (todas da UFS), evidencia os “aspectos simbólicos, expressivos, comunicativos e estéticos da manifestação ritual”, com base nos estudos da performance e na perspectiva antropológica.

Também da Universidade Federal de Sergipe vem o ensaio “Apresentação de um circuito: as manifestações do choro na cidade de Aracaju”, de Daniela Moura Bezerra. O trabalho traz imagens das rodas de choro na cidade e na periferia da capital sergipana.

“Oferenda”, de Diego Madih Dias e Thiago Carminati, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, expõe cenas de manifestações da umbanda – notadamente, as oferendas e despachos típicos da religião. O ensaio “Iirsa e a beira do Madeira”, de Karine Narahara e André Luiz Souza (UFRJ), trata dos impactos socioeconômicos e ambientais dos projetos da Iniciativa pela Integração da Infraestrutura Regional Sulamericana sobre a região do rio Madeira, no Norte do país. As fotos exemplificam os “processos de desorganização e reorganização dos territórios, a partir da implementação das hidrelétricas e da hidrovia do Madeira”.

O projeto “Nos salões”, de Elane Abreu (Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal do Ceará), retrata a realidade física e humana das barbearias nordestinas. “Calçadas”, de Pedro de Souza Lima Neto (Universidade Católica de Pernambuco), abordam o espaço como a representação política da “esquerda” no urbanismo, o “refúgio dos pedestres” e uma área reservada “fora do ambiente hostil de opressores automóveis, dotados de pressão inata” e do autoritarismo da buzina. As crianças do Sítio Guarany, no município de Olho D’água das Flores, são os personagens do ensaio “Olhar-dela”, de Kelly Baeta (Universidade Federal de Alagoas). A produção apresenta os rostos infantis como a herança do quilombo que existiu na região.

Cinema

Nesta quinta-feira, estão sendo exibidos os filmes “Nem te conto”, “Quem rege a vela?” e “Cinema de Quebrada”, produzidos por pesquisadores da Universidade Federal do Pará, da Universidade Federal da Bahia e da Universidade de São Paulo. Amanhã, é a vez do longa-metragem “Terra de memórias: os velhos do Sisal – saberes do cotidiano”, produzido por professores da Universidade Federal de Sergipe e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. As sessões são realizadas na sala de audiovisual do Cegoe, das 16h30 às 18h30.

Assessoria de Comunicação - Unicap

http://www.unicap.br/assecom2/boletim/2009/setembro/boletim_11.09.2009.html

Artistas alagoanos participam de pré-conferência nacional

Da Editoria de Cultura (O Jornal - 5 de março de 2010)

Artistas de todo o Brasil vêm se reunindo para discutir e pensar a cultura do País. O palco para esse debate são as Pré-Conferências Setoriais de Cultura, onde representantes de diversas áreas artísticas – selecionados em vários estados do País – assumem o papel de porta-vozes dos anseios, propostas e projetos das áreas em que atuam com vistas à II Conferência Nacional de Cultura, que será realizada de 11 a 14 deste mês, em Brasília. E Alagoas está presente a essas discussões com delegados culturais de algumas das 19 áreas técnico-artísticas e de patrimônio com assento no plenário do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) envolvidas no processo.

O evento – organizado pelo Ministério da Cultura - foi aberto em fevereiro com as Pré-Conferências Setoriais Afro-Brasileira, Arquivo, Design, Museus e Audiovisual, com o Estado marcando presença nestas duas últimas categorias. Mais uma vez será dada voz a Alagoas, deste domingo até o próximo dia 9, na capital federal, nas áreas de Artes Visuais, Culturas Indígenas, Culturas Populares e Literatura, Livro e Leitura. Durante esse período, também serão realizadas as setoriais de Arte Digital, Arquitetura, Artesanato, Circo, Dança, Música, Moda, Teatro, Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial, com delegações de outros estados.

De acordo com o Conselho Nacional de Política Cultural, as Pré-Conferências Setoriais de Cultura não encerram o conteúdo de discussões das áreas artísticas-culturais e patrimoniais brasileiras, mas sim são um estímulo para debate e formulação das estratégias a serem encaminhadas às políticas públicas de cultura específica de cada um dos segmentos envolvidos. Durante o debate, também estão sendo aprovadas as propostas prioritárias dentro das temáticas do evento - Produção Simbólica e Diversidade Cultural; Cultura, Cidade e Cidadania; Cultura e Desenvolvimento Sustentável; Cultura e Economia Criativa e Gestão e Institucionalidade da Cultura - para serem apresentadas na plenária da II Conferência Nacional de Cultura.

Membro do CNPC, Fabiano Lima ressalta o caráter mobilizador e reflexivo do evento para a cultura brasileira e a importância para os artistas de serem escolhidos delegados dos seus estados, representando as áreas artísticas envolvidas no processo. “Além de ser uma forma de interação dos diversos projetos e perspectivas das áreas artísticas- culturais de todo o Brasil, nas Pré-Conferências de Cultura também estão sendo eleitos os delegados – dez por cada área artística em todo o Brasil, sendo dois de cada uma das cinco regiões do País – que irão participar da II Conferência Nacional de Cultura”, destacou, explicando que a seleção dos delegados culturais para compor o quadro de participação nas pré-conferências foi feita por meio de conferências e assembleias estaduais ou da análise de currículo, com a exigência de atuação dos artistas nas áreas em que foram inscritos.

Delegadas por Alagoas da setorial de Artes Visuais, a jornalista Kelly Baêta e a artista visual Viviani Duarte enfatizam a oportunidade da representação do Estado nessas discussões, estreitando os laços com artistas de todo o País e fazendo jus à política cultural nacional que vem sendo desenvolvida com propostas a serem levadas à plenária. “É importante que esses representantes se conscientizem da responsabilidade de, a partir desse evento, ser iniciado um plano governamental que dê respaldos à área cultural. É uma oportunidade de debate, de exposição dos anseios e ideias da classe artística e cultural, estabelecendo um diálogo mais próximo entre as esferas pública, privada e civil, acabando com a visão da classe empresarial de que arte e cultura funcionam apenas como entretenimento, mas sim como algo concreto”, afirmam as artistas.

Repercutindo Cultura

Kelly Baêta e Assessoria do Teia 2010

Especial para O JORNAL

A Orquestra de Tambores de Alagoas justifica a máxima de que o artista deve estar onde o povo está. E é assim que acontece desde o último dia 25 até hoje, em Fortaleza, no Teia 2010 - Tambores Digitais. Única representação artística de Alagoas na mostra do evento, a orquestra aproveitou a oportunidade para divulgar os seus ritmos.

Segundo os organizadores, o nome Teia vem significando um emaranhado de manifestações culturais de diversas regiões e em várias linguagens, uma oportunidade de revelar os diversos Brasis através da descentralização da produção. O evento plural da cultura brasileira é realizado pelo Instituto da Cidade, em parceria com o Ministério da Cultura, o governo do Ceará e o Centro Dragão Mar de Arte e Cultura (IACC).

A Orquestra de Tambores de Alagoas é uma sintonia de ritmos, cores, timbres e sentimentos. Através de uma intensa pesquisa das raízes rítmicas afro-brasileiras e das manifestações folclóricas, o grupo apresenta um resgate de valores da cultura do Nordeste do Brasil, integrado a fragmentos da música contemporânea e efeitos sonoros experimentais.
Desde 1989, o músico, artesão e coordenador da orquestra, Wilson Santos, vem pesquisando os ritmos afro-brasileiros. Porém, nos últimos anos, passou a direcionar as suas pesquisas para a influência desses ritmos nas manifestações folclóricas nordestinas.

Dentro desse contexto surge a Orquestra de Tambores de Alagoas, em novembro de 2004, a partir da união de percussionistas experientes e alunos das oficinas de percussão e confecção de instrumentos ministradas por Wilson. Os instrumentos utilizados nas apresentações são confeccionados artesanalmente pelos próprios integrantes do grupo.
Além do resgate cultural, da pesquisa rítmica e da musicalidade, o grupo objetiva formar multiplicadores do processo de ensino das técnicas percussivas e da confecção dos instrumentos artesanais.

Na batalha diária, o líder do grupo, Wilson Santos, revela como foi possível trazer os oito componentes da orquestra para a apresentação em Fortaleza, no Centro Dragão Mar de Artes e Cultura. “O segredo da orquestra se resume em duas palavras: trabalho e união”.

A Teia Brasil 2010 é uma realização do Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, através da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura; do Ministério da Cultura, através da Secretaria de Cidadania Cultural; e do governo do Estado do Ceará, através da Secretaria de Cultura. A produção do evento é feita pelo Instituto da Cidade e pelo Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC).

BATUQUES AMPLIADOS

Esta é a quarta edição da Teia e a terceira do Fórum Nacional de Pontos de Cultura. Os eventos anteriores ocorreram nos anos de 2006, em São Paulo; 2007, em Belo Horizonte; e 2008, em Brasília. A cada ano são escolhidos diferentes temas para o evento. A Teia 2010 – Tambores Digitais é focado na comunicação e na cultura digital. O nome Tambores Digitais é uma referência à fala do mestre da Casa de Cultura Tainã, que compara o instrumento usado como forma de comunicação entre as tribos à Internet. Hoje em dia, a cultura digital, com a Internet e a vida em rede, multiplicou e ampliou o som e o número de tambores das nossas tribos. Os Tambores Digitais dos Pontos de Cultura se encontram no Cortejo da Cidadania, formando o primeiro Encontro de Tambores da Teia.

CONSOLIDANDO A TEIA

No encontro foi realizado o III Fórum Nacional de Pontos de Cultura, juntamente com seminários, painéis, debates, exposições, uma feira de economia solidária e apresentações artísticas. As atividades contaram com a presença de convidados do Brasil, da África, da Europa e da América Latina, com a participação de representantes de 2.500 Pontos de Cultura do Brasil. A ideia dessas discussões é consolidar a Teia como um espaço político e cultural desses pontos e discutir a gestão compartilhada do Programa Cultura Viva. Edna Constant é uma das delegadas do fórum, representando o Ponto de Cultura Casa da Arte, localizado em Riacho Doce. A autodidata, que considera a participação no Teia como uma oportunidade única de crescimento e diálogo, coordena atividades culturais desde 1985.

PROMOÇÃO DA CULTURA

O Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania (Cultura Viva), do Ministério da Cultura, seleciona, através de edital público, projetos que promovam as artes, a cultura, a cidadania e a economia solidária em comunidades em todo o País. Dessa parceria entre sociedade civil e poder público nascem os Pontos de Cultura, através de convênio com a Secretaria de Cidadania Cultural (SCC-MinC) e os governos estaduais. No total, R$ 180 mil são repassados para cada ponto, em três anos de convênio.